O
mestre zen encarregou o discípulo de cuidar do campo de arroz.
No
primeiro ano o discípulo vigiava para que nunca faltasse a água necessária.
O
arroz cresceu forte e a colheita foi boa.
No
segundo ano, ele teve a ideia de acrescentar um pouco de fertilizante.
O
arroz cresceu rápido e a colheita foi maior.
No
terceiro ano, ele colocou mais fertilizante.
A
colheita foi maior ainda, mas o arroz nasceu pequeno e sem brilho.
Se
continuar aumentando a quantidade de adubo, não terá nada de valor no ano que
vem, disse o mestre.
Você
fortalece alguém quando ajuda um pouco. Mas você enfraquece alguém, se
ajuda muito.
Autor desconhecido
Assim
devemos proceder na nossa vida, na educação dos filhos, com os nossos amigos…
Nos
dias que correm, não são raros os casos de famílias destruídas por problemas
familiares graves, por falta de maturidade para resolver os problemas e gerir
as dificuldades.
Estamos
numa época em que os pais se esforçam para dar tudo aos filhos, sem os fazer
perceber os sacrifícios que muitas vezes fazem para satisfazer os seus desejos.
O
filho quer uma consola nova e os pais lá vão comprar a consola com o dinheiro
que tinham amealhado para comprar uns óculos para eles próprios, ou outra coisa
qualquer de que necessitavam.
Será que essa forma de demonstrar amor aos
filhos é a correta? Os filhos vão crescendo habituados a ter tudo sem esforço,
tornam-se egoístas, não têm espirito de sacrifício e mais tarde não sabem gerir
o dinheiro.
Não sabendo distinguir o essencial do
supérfluo, quando o dinheiro não chega para satisfazer todos os caprichos, lá
vêm os pais saldar mais uma divida que o filho contraiu porque lhe apeteceu ir
fazer aquele cruzeiro fantástico, e como não tinha dinheiro (nunca tem), fez um
empréstimo bancário que agora não consegue pagar. Ou então comprou aquele carro
fantástico, porque o amigo tem um carro novo e ele tem que ter um melhor. E os
pais, muitas vezes se veem despojados das economias de uma vida, para saldar
dividas que apenas serviram para satisfazer o ego e a futilidade dos filhos.
Mais
tarde, quando idosos e sem recursos, não serão esses filhos egocêntricos e egoístas,
que lhes irão dar a mão. Ainda que o queiram também não terão essa capacidade.
Foram ajudados demais, não assumindo responsabilidades
pelos seus atos e continuam sem competência para resolver os próprios
problemas.
Em
minha opinião, todos devemos e precisamos de ajudar e ser ajudados, mas há que
distinguir o ser ajudado do explorar e o ajudar, do gerir a vida do outro.
Vamos
ajudar um pouco, e pedir ajuda apenas para o essencial.
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