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PREFÁCIO.
Se procurarmos a causa de uma aflição que nos sobrevenha, achá-la-emos muitas
vezes na nossa imprudência, em nossa imprevidência, ou em atos anteriores.
Nesse caso, só de nós devemos queixar-nos. Se a causa de uma desgraça é
independente de qualquer co-participação nossa, representa, então, ou uma prova
para esta vida, ou uma expiação de passada existência e, em tal caso, a
natureza da expiação pode fazer-nos conhecer a natureza da falta, por sermos sempre
punidos naquilo em que pecamos.
No que
nos aflige, em geral só descobrimos o mal presente e não as conseqüências
favoráveis que isso possa ter.
O
bem é muitas vezes a conseqüência de um mal passageiro, como a cura de um
doente é o resultado dos meios dolorosos empregados para obtê-la. Em todos os casos,
devemos submeter-nos à vontade de Deus e suportar corajosamente as tribulações
da vida, se quisermos que nos sejam levadas em conta, adotando a sentença do
Cristo: Bem-aventurados os que sofrem.
PRECE. Meu Deus, vós sois
soberanamente justo. Todo sofrimento neste mundo tem, pois, causa e utilidade.
Submissamente, aceito a aflição que acabo de sofrer, em expiação das minhas
faltas passadas e como prova para o futuro.
Bons Espíritos que me
protegeis, dai-me alento para suportá-la sem murmurar, aproveitando-a como
conselho salutar, que me aumente a experiência e em mim combata o orgulho, a
ambição, a tola vaidade e o egoísmo, contribuindo destarte para o meu
adiantamento.
32. (Outra) — Sinto, meu Deus, necessidade de orar para ter forças
diante das provações que vos aprouve enviar-me. Permiti que a luz se faça
intensamente em meu Espírito, para que eu aprecie toda a extensão desse amor
que me aflige por querer salvar-me. Com resignação, meu Deus, curvo-me a tudo,
posto que, sendo fraca criatura, temo sucumbir se me não amparardes.
Não me abandoneis, Senhor,
porque sem o vosso auxílio nada poderei.
33. (Outra) — Levantei os olhos para vós, oh! Pai Eterno, e me senti
fortificado. Sois a minha força, não me abandoneis, meu Deus! Esmaga-me o peso
das minhas iniqüidades! Ajudai-me. Conhecendo a fraqueza da minha carne, não
afasteis de mim o vosso olhar! Pois que sou devorado por uma sede ardente,
fazei jorrar a fonte de água viva e ficarei desalterado. Nunca a minha boca se
abra para murmurar das aflições da vida, mas para cantar louvores. Sou fraco,
Bom Pai, mas o vosso amor me sustentará.
Oh! Eterno! vós sois grande, só
vós sois o fim e o alvo da minha vida! Bendito seja o vosso nome, se me ferirdes,
porquanto sois o Senhor e eu servo infiel. Curvarei a fronte sem me queixar,
pois só vós sois grande, só vós sois o alvo.
Livro: A Prece Segundo O Evangelho
Allan Kardec
Cuando atravesamos por instancias difíciles en nuestra vida, solo la fe nos puede ayudar a continuar.
ResponderEliminarSiempre es un placer pasar por este hermoso espacio lleno de energía positiva, abrazos miles!
Gracias por la vista, bonito fin de semana!